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TEM A OFICINA COM AUTOMÓVEIS PARADOS HÁ MUITO TEMPO?
https://posvenda.pt/revista-pos-venda-97/
Se perguntarmos a qualquer pessoa, se um espaço de trabalho organizado, limpo e disponível é fundamental para aumentar a eficácia e rentabilidade das oficinas? Claro que vão responder que sim, nem precisam ter uma oficina para saber disso, mas a verdade é que ainda existem muitas oficinas que não apresentam a melhor imagem e estão cheias de automóveis parados há muito tempo.
Os principais motivos da sobrelotação ainda são a dificuldade em dizer não, quando é necessário, e a resistência à mudança, mesmo que seja para melhor, por isso é preciso insistir na informação para ajudar a vencer os medos. Toda a informação fundamental, que ainda não foi adquirida, também leva à falta de competências, desvalorização da necessidade de aquisição de equipamentos e de stock essencial. Os custos para adquirir conhecimento e equipamento, também devem ser calculados no valor do serviço, senão as empresas não se valorizam, nem serão valorizadas. Um bom serviço, até acaba por sair mais barato para o cliente, do que ter o automóvel parado. Outros fatores, que levam à acumulação de automóveis nas oficinas, são os atrasos na negociação de seguros, a crise dos componentes e falta de peças, um projeto de um automóvel pessoal por tempo indeterminado, automóveis abandonados pelo proprietário por falta de dinheiro ou para manter estacionado à custa da oficina. Seja qual for o motivo da sobrelotação, não representa valor para o negócio, mas sim, perdas e consequências negativas, como a desmotivação que baixa a produtividade dos trabalhadores, o tempo que se perde com esses automóveis e a necessidade de espaço. Estas perdas, normalmente não são cobradas, mas é preciso ter em consideração as elevadas obrigações fiscais, o aumento dos ordenados e das rendas. Além disso, é importante lembrar que os automóveis parados, ficam à responsabilidade das oficinas e o proprietário ainda pode reclamar se o automóvel ficar danificado ou com problemas de conservação.
Não estamos apenas a falar de uma oficina cheia, mas sim da má reputação que se reflete na desorganização, falta de planeamento e de autoconfiança, que resulta na perda de clientes ou dificuldade em captar novos, logo no primeiro impacto visual, além de diminuir a confiança, devido ao óbvio incumprimento de prazos.
30 de Setembro de 2023Luísa Rasteiro | www.cargift.pt
A IMPORTÂNCIA DE TER UMA ATIVIDADE ESPECIALIZADA
O agora e os automóveis.
Uma oficina cheia nem sempre significa que tem muita procura, mas sim, que tem problemas de gestão e automóveis parados por tempo indeterminado.
É preciso reconhecer que é complicado estar sempre atualizado em todas as competências necessárias e para tantos tipos de atividades e de automóveis, para justificar aceitar trabalhos de forma generalizada, como é o caso da mecânica geral, eletricidade geral e multimarcas.
A solução é assumir uma especialidade, para aumentar a eficiência. É aqui que temos conquistado instaladores que descobriram e redescobriram a paixão pelo áudio e segurança dos automóveis, mas não sabiam como se dedicar para dar sustentabilidade ao negócio.
Felizmente temos assistido a corajosas evoluções de quem decidiu dedicar-se só a esta especialidade ou adicionar uma zona na oficina para se diferenciar das outras atividades. Hoje em dia, não basta ter uma empresa, é preciso tomar posições e querer mesmo inovar. Somos mais do que fornecedores, porque trabalhamos com proximidade, não cabe à nossa empresa responder pela responsabilidade dos instaladores, mas podemos apoiar, motivar, orientar e dar a melhor assistência possível, quando aceitam. A experiência do cliente é importante para conquistar confiança e identificar-se conosco e com as oficinas. Algumas já faziam trabalhos mais simples, como instalar uns sensores ou trocar apenas umas colunas, mas se o cliente pedir, ou seja, tem de ser o cliente a pedir. Existe mais procura do que oferta e é brutal a quantidade de automóveis sem extras básicos de segurança, instalações inadequadas, colunas danificadas ou som desagradável, mas os instaladores não fazem mais vendas, porque não sugerem e a maioria das pessoas não sabe. É fundamental esclarecer o cliente, defender valores e não aceitar compras do cliente, porque são responsabilidade das oficinas. Em Portugal, são raros os instaladores atualizados com verdadeiras competências em eletrónica e ainda menos em acústica, mas temos trabalhado para que sejam cada vez mais, para alcançar o reconhecimento que esta atividade merece. Junta-te a nós. Até já!
6 de Setembro de 2023Luís Sardinha | www.cargift.pt
GESTÃO SUSTENTÁVEL
no ramo automóvel.
A desatualização e a falta de especialização profissional leva ao uso inadequado ou inexistência de ferramentas, acessórios e equipamentos essenciais. Tudo começa no diagnóstico, se não existir metodologia, substituem produtos desnecessariamente por adivinhação, gerando desperdício, despesas e o problema do automóvel vai persistir.
Hoje em dia, ainda se vê mesmo muitos resíduos não gerenciados nas oficinas. Isto dá má imagem a uma empresa, os clientes sentem que não adianta dizer nada, porque está visível. Mesmo que tenha existido algum motivo para a oficina acumular, não passa a estar correto, nem há necessidade de esperar as fiscalizações e consequências maiores. É importante haver vontade própria, acima de tudo - para tudo! Existem mais empresas a vender produtos diretamente ao cliente final, que só deviam ser vendidos a profissionais, muitas vezes são inadequados para os casos, instalados por pessoas sem competências. Este problema aumentou, porque a compra online internacional e a "chinesada" tornou-se uma grande concorrência desleal, qualquer um compra facilmente, sem qualquer responsabilidade. Para agravar, existem mais amadores e youtubers a promover desinformação e apelar ao consumo irresponsável. Tudo isto baixou a confiança e aumentou o desespero das empresas, que não estão preparadas para lidar com esta situação. As oficinas que aceitam instalar equipamentos que não têm proveniência da sua própria empresa, muitas vezes com assistência e garantia inexistente ou duvidosa, contribuem para a falta de ética e de credibilidade do negócio, como se isso os desresponsabiliza-se do que instalam e o cliente fosse o profissional, mas legalmente não é bem assim. A solução não é alimentar o que está mal, mas sim aprender a lidar, lutar e valorizar quem e o que merece ser valorizado. Existem soluções para as dificuldades, mas precisam ser trabalhadas.
A tendência do mercado são os negócios direcionados para uma especialidade, porque são mais eficientes. No ramo automóvel não é diferente, vou literalmente "puxar a brasa à minha sardinha" ;) e dar o exemplo do áudio e segurança para automóveis, que tem mais procura do que oficinas especializadas. Um futuro mais sustentável necessita de mais formação especializada e atualização constante, porque a tecnologia automóvel e os hábitos de consumo estão a mudar cada vez mais rápido. É urgente apelar para que as empresas sigam práticas éticas e sustentáveis, de modo a aumentar a confiança dos consumidores. Na realidade, motivar, consumir e valorizar as pequenas empresas portuguesas, é uma responsabilidade social, seja por parte dos clientes, outras empresas, enfim... todos.
Estamos aqui, ao dispor. Até já! :)
22 de Abril de 2023Luísa Rasteiro | www.cargift.pt
ÁUDIO DOS AUTOMÓVEIS RECENTES
Conflitos evitáveis.
Os altifalantes originais apresentam especificações mais baixas na qualidade, especialmente nos tweeters, em algumas marcas, simplesmente nem os trazem nas versões base. A qualidade melhora um pouco nas versões acima, mas não são fantásticas. Assim os automóveis podem ter o sistema de som incluído, sem aumentar o preço de produção, por isso reforçam a equalização para compensar e disfarçar esta carência. Os utilizadores que têm a mínima noção do que é um bom sistema de som, conseguem identificar a falta de qualidade e manifestam o seu desagrado, mas se os altifalantes forem substituídos, mesmo que sejam de boa qualidade, vão reproduzir o som de forma desequilibrada por causa da equalização original. A insatisfação também acontece com a fraca potência dos amplificadores de origem, seja o interno do rádio ou o externo. Se simplesmente for adicionado um novo amplificador, vai causar novos problemas, como ruídos, estalos, o rádio pode desligar-se ou queimar componentes.É possível instalar um bom sistema de som num automóvel recente, mas convém ser bem feito.
A solução é insistir que os profissionais se juntem a nós e se atualizem, porque é preciso o devido conhecimento especializado, os equipamentos, componentes e ferramentas adequadas. É logico que não se deve trabalhar à “moda antiga” num automóvel moderno, mas a resistência à mudança, a desinformação e o falso marketing sobre este assunto têm criado muitos conflitos evitáveis.
Construir um sistema de som, não é apenas fazer ligações, é necessário dimensionar as potências e consumos apropriados para o tipo sistema elétrico do automóvel, seja antigo ou recente. No caso de um automóvel antigo, a bateria poderá não carregar adequadamente, por excesso de consumo. No caso de um automóvel mais recente, a centralina é capaz de calcular os consumos reais das baterias e lançar códigos de erro, até pode não voltar a ligar e precisar de um reboque para ir para a oficina e ligar à máquina de diagnóstico. Atenção, não adianta acreditar que basta apagar erros, é preciso desinstalar o que foi feito no sistema de som e fazer um novo corretamente.
A tecnologia automóvel tem evoluído muito e vai continuar a evoluir, por isso a especialidade de áudio e segurança também deve acompanhar esta evolução e precisamos de mais instaladores por todo o país. Temos o cuidado de nos atualizar e a preocupação de orientar e motivar os instaladores que fornecemos a fazer o mesmo.
Estamos sempre aqui, ao vosso dispor. Até já!
10 de Abril de 2023Luís Sardinha | www.cargift.pt
CONSUMÍVEIS E FERRAMENTAS
A devida importância da instalação.
É igualmente importante que o cliente esteja ciente e tome muita atenção à qualidade dos produtos e do serviço, para não entregar o automóvel nas mãos erradas. A qualidade da comunicação também é fundamental para que tudo corra bem, é muito importante não ter receio de questionar sobre a instalação, se informar por telefone e/ ou pessoalmente, pesquisar sobre as empresas e o seu portfólio, que hoje em dia pode ver nas redes sociais.
Por isso, dentro deste tema, vou tentar explicar de uma forma simples e começar pelos consumíveis, como as fitas isoladoras, mangas termo retrátil, terminais ou abraçadeiras, que são imprescindíveis e não devem ser poupados ou vistos como um custo por parte do instalador, podem ser cobrados de forma justa. Devem ser utilizados com o devido equilíbrio, ou seja, é impensável não usar ou usar de qualquer forma só para parecer bem, pois têm especificações e regras. As cablagens devem ser cortadas à medida (podem ter ou não conexões com terminais ou ponteiras), isoladas com fita de vinil, agrupadas com fita têxtil e devidamente fixas (com abraçadeiras por exemplo). Os passa cabos em borracha e outros pontos de fixação foram estudados para as cablagens passarem. Se os cabos passam soltos pelo automóvel existe o perigo de interferências eletromagnéticas, curto-circuito ou outros tipos de mau funcionamento de equipamentos, que podem acontecer com a compressão de uma porta, do banco ao deslizar na calha, a chapa se tornar num gume de corte, etc. A codificação dos cabos também não deve ser ignorada, porque não deve induzir em erro outro eletricista que precise trabalhar no automóvel, vai prejudicar o trabalho, seja para fazer a manutenção, reparação ou uma atualização de forma fácil, rápida e eficaz. É uma questão de respeito pelo próximo e pela profissão. A utilização de ferramentas adequadas, poupam tempo, tornam o trabalho mais eficiente, evitam erros desnecessários e difíceis de detectar. Infelizmente, nem todos se preocupam em ter e desconhecem a sua importância, vou dar o exemplo de alicates, como o de desencapar, o de cravar terminais ou o de corte que não deixa arestas vivas. Possivelmente está a questionar: “Luís... e os equipamentos?” Sim, existe o mesmo problema com os equipamentos de instalação, mas mais tarde falarei só sobre eles.
A confiança e satisfação dos clientes aumenta quando encontram profissionais com ética e conhecimento para responder às suas necessidades com produtos e instalações de qualidade indicados para o automóvel. Este deve ser o objetivo dos instaladores e o motivo para sentir orgulho.
Se tiver alguma questão estamos ao dispor. Até já!
26 de Março de 2023Luís Sardinha | www.cargift.pt
RÁDIOS PARA AUTOMÓVEIS
Desde a fábrica até aos nossos testes.
Um rádio de marca conceituada, seja de gama de entrada ou de topo, não deve estar associado aos típicos problemas de falta de qualidade, por isso não deve ser comparado aos de marca branca como a “chinesada”, tanto os vulgares como os conhecidos por imitar os originais (que de original não têm nada), porque normalmente não apresentam as melhores escolhas na sua construção e não são projetados para o mercado europeu, apesar de serem vendidos para qualquer lado, mesmo sem sentido. Há uns anos, quando apareceram os primeiros rádios de marca branca, até funcionavam bem, mas rapidamente começaram a perder qualidade e foi um problema que se agravou ao longo dos anos. Hoje em dia, muitos nem têm certificados básicos, porque chumbaram nos testes de qualidade, nem deveriam ser vendidos, nem mais baratos, não deviam ser comercializados, ponto. O mais preocupante é que este tipo de produtos de baixa qualidade podem criar problemas graves nos automóveis. É importante lembrar que um automóvel é um bem dispendioso e que nos exige muita responsabilidade. Os resíduos eletrónicos têm sido um dos maiores problemas para o ambiente e para a saúde pública. É urgente a necessidade de mudar os erros da produção, mas também a consciência e a ética dos consumidores, que são quem vende, quem instala e quem compra.
Vivemos numa época de crise dos componentes, que está longe de estar resolvida e pode comprometer a qualidade dos produtos. Por isso, tanto os produtos de gama de entrada ou os de topo da nossa empresa, são testados criteriosamente, para evitar o máximo de problemas possível.Nós, enquanto distribuidores, temos a responsabilidade de escolher as parcerias com as empresas que nos passam credibilidade, tendo em conta os nossos padrões de qualidade. Assim, os instaladores que vendem os nossos produtos, podem partilhar da mesma confiança, para apresentar hipóteses que fazem sentido em cada caso, em cada automóvel, com o objetivo de responder às necessidades do utilizador. Atualmente, a luta contra a desinformação é fundamental, nem sempre o que o cliente quer é o que precisa, por isso cabe aos profissionais informar e dar bom exemplo.
Se tiver alguma questão estamos ao dispor. Até já!
5 de Março de 2023Luís Sardinha | www.cargift.pt